O Presidente da República inaugura esta quinta-feira, em Ílhavo, o Ecomare, que integra o maior centro europeu de reabilitação de animais marinhos, em funcionamento desde Agosto do ano passado.
A funcionar há quase um ano, só esta quinta-feira, 15 de Junho, é que o Ecomare – Laboratório para a Inovação e Sustentabilidade dos Recursos Biológicos Marinhos da Universidade de Aveiro, projecto-âncora do Cluster para o Conhecimento e Economia do Mar, vai ser inaugurado, numa cerimónia presidida por Marcelo Rebelo de Sousa.
Situado na Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, o Ecomare tem como objectivos desenvolver investigação de excelência, fundamental e aplicada e promover serviços de inovação e transferência de tecnologia para empresas, organizações governamentais e instituições nacionais e internacionais na área da ciência e tecnologia do mar.
O Ecomare engloba o Centro de Extensão e de Pesquisa em Aquacultura e Mar (CEPAM) e o Centro de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (CPRAM), o maior e mais moderno centro europeu deste género, num investimento da ordem dos cinco milhões de euros e que teve incentivos de fundos europeus no valor de 4,1 milhões.
O CPRAM dedica-se "a apoiar o resgate, a reabilitação e a devolução à natureza de animais marinhos, nomeadamente aves, répteis e mamíferos, bem como desenvolver investigação científica nas áreas de ecologia populacional e saúde animal, contribuindo assim para as actividades de conservação, investigação e sensibilização ambiental para o meio marinho", explica a Universidade de Aveiro, uma das parcerias deste projecto, em comunicado.
Esta infra-estrutura integra vários tanques destinados à reabilitação dos animais, laboratórios científicos multifuncionais e uma unidade de cuidados intensivos, estando ainda capacidade com um conjunto de sistemas de suporte de vida autónomos para o estudo de organismos marinhos.
Já o CEPAM tem como missão "desenvolver actividades nas áreas de biotecnologia marinha, ecologia, biodiversidade e serviços dos ecossistemas, oceanografia, geologia e geofísica, engenharia naval, aplicações robóticas navais, engenharia costeira e energia ‘offshore’, incluindo estudos estratégicos para a avaliação de actividades económicas marítimas".
Resultante de uma parceria entre a Universidade de Aveiro, a Administração do Porto de Aveiro, a Câmara de Ílhavo, a Sociedade Portuguesa de vida Selvagem e o Oceanário de Lisboa, com a criação do Ecomare "pretende-se contribuir para conservar e dinamizar a biodiversidade e o património natural e, concretamente, produzir, organizar e dinamizar o conhecimento sobre o ambiente marinho".
Uma missão que, de acordo com os seus promotores, fará do Ecomare "um polo de inovação capaz de produzir resultados científicos e tecnológicos, com forte impacto na cadeia de valor dos produtos e dos serviços ligados à economia do mar, no contexto nacional e internacional".
Fonte: Jornal de Negócios
16/06/2017